30 de out. de 2015

Latinoware 2015 - Impressões

Este ano eu tive a honra de ter sido convidado a palestrar na Latinoware XII, em Foz do Iguaçú. De volta à meu quadrado, uma leva de e-mails trocadas entre palestrantes, participantes e organização comemorou a realização com sucesso do evento.

De fato, eu não tenho um "á" para falar da organização: foi perfeita! E mesmo sendo um evento sem grandes patrocínios, eu fui alocado a um hotel de excelente qualidade, tive alimentação farta, transporte em dia, tudo. Fantástico mesmo. Já trabalhei em organizações de eventos e sei da complexidade e do pesadelo que é uma coisa desse porte.

E sobre o conteúdo? Puxa, gostei demais! Aprendi sobre coisas novas, incluindo contêiners, que estão na moda. Conheci gente bacana e revi pessoas - destaque para a oportunidade de uma vida que ganhei de tomar café-da-manhã com o próprio shiver-me-timbers Maddog. Excelente sujeito, cara de visão, empreendedor. A melhor parte foi receber algum ânimo dele com a desesperadora situação nacional. ;-) Thanks, sir.

Naqueles e-mails trocados, algumas pessoas falaram de gente que detratou o evento. Não mencionaram quem, e para mim isso foi muito pior que não falar nada, porque agora eu sei que alguém tem uma opinião cuja a maioria dos participantes discorda, mas não sei qual. Ao invés de rebaterem quaisquer colocações que foram feitas, apenas chamaram de troll alguém que escreveu alguma coisa, e deram o caso por encerrado.

Relevância

Não querendo cutucar nenhuma ferida, ou ferir algum ego, ofender alguém etc.  afinal eu fui como convidado, representando o SERPRO, eu não perguntei nada a ninguém e procurei por algo.

Na boa, procurar algo que você não sabe o que é, sobre um assunto meio ignorado, na Internet, é loucura. Não dá para achar nada. Mas eu achei alguma coisa:
Por quê o Luiz Queiroz não vai à Latinoware.

Esse post pode ser lido na íntegra neste link.

Não tenho argumentos para discordar dele. De fato, SL no governo brasileiro nunca funcionou, e agora está encolhendo em passos firmes.

Acho que essa é a única percepção minha que não encontrou eco nos e-mails de felicitações da turma. Por que ninguém tocou nos problemas de TI do governo?

Não sei. E não quero perguntar. Não me sinto livre para isso, pois tenho medo de ficar marcado negativamente por um povo que, no fundo, quer apenas ajudar.

27 de out. de 2015

Repaginação

Com o recente anúncio da Microsoft de adotar Software Livre e passar a oferecer uma distro Linux, eu passei a entender que a missão deste blog chegou ao fim.

Conforme eu anunciei na abertura deste espaço, ele "vai tratar de soluções de problemas típicos do mundo dos negócios 100% baseadas em software aberto." A minha intenção era dar um ponto de apoio àqueles profissionais que desejam inovar ou gerar valor com SL, porque eu sentia que havia muita ideologia, muita opinião, mas poucas respostas que ajudassem a pagar o leitinho das crianças.

Não durei muito, admito alegremente. Em poucos anos SL passou de uma promessa a uma realidade e depois à norma. Hoje, qualquer empresa ou governo que se preze está investindo seriamente em SL. E porquê? Oras, porque SL tende a ser melhor e a resolver melhor os problemas que todos temos.

Vi muita coisa mudar. Vi a Microsoft percorrer o caminho - ignorância, desprezo, desqualificação, desespero e adoção. Vi o meu idolatrado SAS percorrer o mesmo caminho por causa do Pentaho! E olhe que eu sempre volto ao site do SAS para aprender mais. Essa relação SAS-Pentaho é, para mim, a maior prova que BI não é TI, mas know-how.

Mas estou digredindo. De volta à vaca fria, entendo que a missão deste blog foi esvaziada pela realidade, e uma dessas evidências é que eu não tenho achado tópicos para mostrar, que já não tenham sido abordados por outros canais. Eu sempre me esforço para não copiar ou repostar coisas, e busco criar conteúdos originais (relevância leva à liderânçia. Kkkk)

Por isso, hoje, 27 de outubro de 2015, estou declarando o fim da antiga vida deste blog, e o primeiro dia de sua nova etapa.

Free as in Free Speach, Not Free Beer

Em português não temos esse problema, de misturar livre com grátis, mas em inglês esse é o primeiro ponto de todo mundo que fala em SL: livre, não gratuito. Apesar de muitos SL serem totalmente gratuitos, e o restante sempre possuir uma versão disponivel gratuitamente para download, a força do SL vem de ser livre, aberto, disponível, não de ser gratuito.

Eu sou um liberal. Não sei ainda se posso ser rotulado, também, de conservador, mas com certeza eu me coloco à direita no espectro político. Eu valorizo o indivíduo, e acredito que todos fomos criados livres para cuidarmos de nossa vida. Acredito que o Estado tem seu papel, mas que deve ser o menor possível e interferir o mínimo possível na vida do pagador de impostos.

Então, a partir de hoje eu repagino este blog como um espaço mais voltado para os aspectos de liberdade do SL, e menos nos aspectos tecnológicos e comerciais. Não estou dizendo que vou blogar mais, mas que quando o fizer, não será para mostrar a vantagem técnica/comercial de SL. Será para falar de todo o restante...